A professora Roseli Fischmann fala sobre a questão religiosa no contexto da educação. Traz pontos de vistas legais e afirma a importância de tratar o tema com respeito e garantia de direitos.
Apesar das leis ainda há muita discriminação! Por isso é importante que as crianças conheçam seus direitos! Isso dará forças para brigar pela garantia dos mesmos.
Roseli Fischmann traz um tema polêmico dentro das questões de identidade e diferença, a RELIGIÃO! Sabemos que cada ser humano é diferente de outro. Cada um tem a sua origem familiar, mora em um determinado bairro, torce para um time... São esses alguns dos elementos que compõe a diversidade. Algo de fora, que de alguma forma se constrói dentro e depois volta de novo para a sociedade construindo a pluralidade humana.
Há um lugar da religião na construção da identidade. Há pessoas que não crêem e nem por isso eles tem menos identidade ou menos valores. Todos os modos de crer e não crer tem o mesmo valor.
Diversidade religiosa - Essa diferença na religião não é desigualdade! A diferença é um DIREITO!
Religião e cidadania – Perante o Estado todos somos iguais. Escolha religiosa ou herança não dá direito de acharem que há só uma verdade.
O tema das religiões tem âmbito histórico, antropológico, sociológico, político e filosófico. A escolha individual ou não crer se dá no âmbito da consciência, do foro íntimo, portanto, inviolável. A diversidade religiosa garante a diferença, mas nada tem que ver com a desigualdade (Diferentes somos todos – PCNs – Pluralidade cultural).
É a laicidade do Estado que garante a todos e todas o direito de sua crença – ou descrença – respeitados os direitos de todos e todas, sendo o fundamento da diversidade religiosa.
A aula discute a Educação como um direito social
básico que deve contribuir para humanização de todas as pessoas. É papel da
escola garantir uma educação que possibilite às pessoas a terem consciência e
conhecimento dos seus direitos e deveres, através de práticas pedagógicas que
contribuam para a problematização, a crítica e a construção do conhecimento nas
diversas áreas do currículo, dialogando com os conhecimentos de direitos
humanos.
Aida Monteiro questiona o papel da escola para a contribuição dos Direitos Humanos, caracterizando este como um espaço de
socialização, em que aprendemos e construímos diferentes aprendizagens, que se dão em vários campos: cognitivo, emocional...
A escola pode ser o lugar em que nos tornamos
mais humanos, solidários e compreensivos.
A professora aponta que para trabalhar uma proposta
de educação para o respeito e ampliação dos DH é preciso ter INTENCIONALIDADE.
A escola deve desenvolver
ações democráticas, com ações direta aos sujeitos, não só uma democracia por
representatividade. Deve-se trabalhar valores e atitudes que
fortaleçam a valorização dos DHs.
“Se
podemos aprender a ser racista, discriminatório, homofóbico, preconceituosos,
também podemos prender a não ser!” Nelson Mandela
Podemos aprender a ser
solidários, tolerantes e isso é processo. E a escola é esse espaço
de diálogo permanente com conhecimento e também valores e atitudes que levam a
ação.
Temos direitos que ainda
não foram conquistados!
Respeitar as opções das
pessoas. Independente do que seja!
Metodologia: Aprender
para fazer a crítica. Diálogo como dinâmica permanente.
Trabalhar com as
diferentes linguagens.
Ex: Falar sobre o ECA a
partir das músicas.
Clipe da música "Criança não trabalha" do grupo Palavra cantada que pode ser um disparador de estudo.
Sinara Zardo apresenta a função dos Comitês de Educação em Direitos Humanos, sendo uma importante parceria para colocar em prática a EDH nas escolas.
Os comitês trabalham para formular política; deliberar estratégias de implementação dessa política e de monitoramento sobre a violação dos direitos humanos, sendo um instrumento de defesa. É composto por diferentes profissionais e movimentos sociais.
Abaixo segue uma tirinha que faz uma crítica a nomeação de Marco Feliciano para a COMISSÃO dos Direitos Humanos. A sociedade tem feito muitas críticas, pois em vários momentos o deputado e pastor teve falas discriminatórias e preconceituosas. Entretanto, a vontade do povo ainda não foi levada em consideração!
A professora Claudia Vianna afirma que gênero e sexualidade são socialmente construídos, e portanto escola e mídia são ferramentas importantes para o reconhecimento de algumas diferenças
ou para a exclusão social, ouportanto,
a perpetuação da desigualdade social.
Questões de gênero e sexualidade são temas transversais dentro do
currículo. Os PCNs trazem discussões sobre o assunto, mas ainda há muitas críticas ao caráter centralizador prescritivo, precária aplicação
das diretrizes, falta de formação inicial e continuada do professor para dar conta
da temática.
Em alguns materiais há uma subordinação do tema: Corpo, saúde e doença. Não se dá destaca a diversidade
sexual.
É preciso sair da heteronormatividade! Sair da naturalização e da reprodução de estereótipos de gênero.
Trabalhar com diferentes modelos de feminilidade e masculinidade. É preciso ainda a análise crítica dos livros escolares e materiais que desconhecem a
discussão de gênero.
“Tirar as hierarquias das diferenças individuais e coletivas que
nos constituem para que elas não se transformem em desigualdades”.
Abaixo dicas de filmes de mostram a luta pela desconstrução dos modelos vigentes.
A discussão sobre as questões de gênero nasce no contexto das lutas sociais, em busca de cidadania. A professora Cláudia Viana traz o histórico da luta do Movimento Feminista, em que os direitos foram adquiridos na luta coletiva. São separados em dois momentos:
1ª onda: Séc. 19 – Europa e EUA.
Direito ao voto! Sufragismo.
2ª onda: Aprofundamento das questões sociais e políticas. Luta
contra o pratriarcado. Dominação do pai e do marido.
Houveram mudanças significativas a base de muita luta e cada vez mais a mulher ocupa espaço na sociedade, entretanto, ocupa mais cargos, pois continua a ser cobrada por um papel que a sociedade persiste em afirmar que é seu: Dona de casa e mãe.
Cenas como a tirinha abaixo não cansam de se repetir! Homens que querem assumir seu papel como pais encontram dificuldades na sociedade machista e hierarquizada em que vivemos!
O movimento LGBT luta pelo direito humano básico de escolher a quem e como amar. Além da luta contra a repressão sexual e patologização do homossexualismo.
Naturalização de ser FEMININA! Aprende-se a ser mulher, não se
nasce sabendo! Assim como se aprende a ser preconceituoso e machista!
"O gênero é um elemento constitutivo das relações sociais baseadas na
A aula traz como discussão a inclusão escolar dos alunos da Educação Especial na
perspectiva do direito e na perspectiva do direito humano à educação, tratando a
acessibilidade como uma categoria que traz a questão da dignidade da
participação e da autonomia aos alunos com deficiência.
A professora Sinara Zardo faz uma contextualização histórica sobre como eram vistas e excluídas de diferentes maneiras as pessoas com deficiência.
Na Idade
média, a igreja passa a aceitar as pessoas com deficiência, mas são atreladas ao pecado, sendo alvo de institucionalização.
Devido às mudanças trazidas com a modernidades da saúde, passam pela fase da medicalização, em que se buscava por curar algo que não tinha cura.
Com a Contemporaneidade veio a ideia de Integração, com diversas políticas e discussões sobre acessibilidade para dar autonomia. Neste contexto era a pessoa com deficiência quem tinha que se adequar à sociedade.
Com o aprofundamento das discussões sobre o tema, chega-se a um novo conceito, o de Inclusão, em que a escola é que tem que aceitar e identificar as necessidades das pessoas com deficiência, questionando a
padronização do sistema de ensino.
Muito dos avanços devem-se também as legislações e decretos sobre a temática, como:
Constituição de 88
art. 205 -Direito de todos a educação!
art 208 – Atendimento Educacional Especializado como direito
assegurado.
LDB
93964-96
Asseguram currículo adaptado
Escolarização
Atendimento Educacional Especializado - AEE
6571- 2008 Decreto
Duplo financiamento
Política de financiamento. Suporte a inclusão.
Para a construção de uma sociedade efetivamente democrática, é preciso garantir acessibilidade:
*arquitetônica
*pedagógica
*comunicação
*tecnologias de comunicação e informação
O professor deve ver a igualdade no sentido do direito. Considerando as diferenças, deficiências e necessidades educacionais especiais desses alunos, pois assim como ilustra a imagem abaixo, a igualdade de direitos deve garantir as mesmas condições de acesso e não privilégios.