A
Mafalda, do cartunista argentino Quino, menininha que apesar de pequena, sabe
tanto da vida, nos mostra que o uso AUTORITÁRIO que faz sua mãe (autoridade)
não a convence do porque deveria lhe obedecer!
Quantas
vezes as crianças nos questionam, e não temos paciência de explicar a
necessidade da regra? E quantas vezes essa regra tem realmente necessidade de
existir?
Ah!
Todos querem crianças obedientes!!! Mas no momento em que as crianças
questionam, querem saber os limites do que podem ou não, cadê a paciência de
explicar? E se a resposta é sempre autoritária, porque também é a mais fácil,
pois não é preciso pensá-la para responder... “Porque EU quero” “Porque EU estou mandando” nossos pequenos não
saberão que há outras opções disponíveis!
Certa
vez, em uma reunião de pais, conversávamos sobre obediência... Pedi que alguém descrevesse
uma situação que tivesse dificuldade com a criança. Uma mãe conta que certa vez
pediu que a filha fosse tomar banho... mas que ela se recusou. (Situação pouco
conhecida, não é mesmo? rs) A mãe relata que explica para sua filha que ela
está suja e que está na hora de parar de brincar e ir tomar banho, mas sua
filha pergunta: Por que você não vai
primeiro?
Essa
pequena, de apenas 4 anos, assim como a Mafalda, quer entender porque temos
que fazer o que pedem o tempo todo?
Se
EU tenho que cumprir a regra, e você?
Quem
manda nunca obedece?
Conhecer
o processo de desenvolvimento da construção da autonomia moral é importante
para que momentos como esse sejam valorizados e assim mostrar que o diálogo é
possível!
Ah,
a mãe relata que ficou combinado assim... Ela tomaria banho primeiro e logo
após, sua filha!
Essa
era a sua única opção?
Poderia
ter dito... Você vai tomar banho porque EU estou mandando! E então arrumar um
belo chororô, além do mais preocupante, reforçar que a AUTORIDADE MANDA! Quando
na verdade não precisa ser assim.
Dizem
que hoje as crianças fazem tudo o que querem, alguns diriam até que a filha
estava mandando na mãe. Discordo! O adulto é sim autoridade, e é ele quem sabe (ou
pelo menos deveria saber) o que é melhor para a criança, mas é possível que
isso seja feito com respeito mútuo, permitindo então, que o AMOR seja maior que
o MEDO.