domingo, 23 de setembro de 2012

Semana 1 Vídeo-aula 4: A escola e a construção de valores


"As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem”. 
Chico Buarque

O professor Ulisses Araújo traz sete dimensões que podem influenciar na construção de valores. São eles:

1- Conteúdos escolares
2- Metodologia das aulas
3- Trabalho com valores
4- Relações interpessoais
5- Auto-estima
6- Auto conhecimento
7- Gestão Escolar

Ou seja, todo o ambiente escolar deve ser revisto! De uma dimensão mais pessoal, perpassando pelas relações interpessoais e construção de um currículo que proporcione a vivência de um ambiente cooperativo e democrático.

Como o professor Ulisses Araújo afirma, os Projetos Políticos Pedagógicos afirmam que querem formar cidadãos e sujeitos autônomos, mas em que momento isso é planejado efetivamente dentro do currículo?

De que adianta tantas tecnologias na educação se a metodologia continua a mesma?

Qual é a cobrança que se tem sobre respeito mútuo, cooperatividade dentro do currículo?

Como se dá a relação professor – aluno?

O que a escola tem feito para que os alunos conheçam seus sentimentos e reconheçam/respeitem os sentimentos dos outros?

Como essas crianças/adolescentes se vêem? O que é valor para eles?

A democracia é algo que muito ouvimos falar, mas que pouco vivenciamos efetivamente. Não é algo que se muda de um dia para outro... É um processo, com todas as complexidades e dificuldades que uma mudança pode trazer.

Penso que seria como o início da Inclusão... No início não se sabia o que fazer, mas com o tempo fomos vendo o que dá certo, qual o caminho a seguir.

Professor Pacheco traz um belo relato sobre mudanças fundamentais na educação...

 "Eu estava sozinho e sozinho não se faz nada... Projetos humanos são atos COLETIVOS!" (Professor Pacheco)

"Aprender é surpreender-se com os outros" (Professor Pacheco) 


Semana 1 Vídeo-aula 3: O juízo moral na criança



A Mafalda, do cartunista argentino Quino, menininha que apesar de pequena, sabe tanto da vida, nos mostra que o uso AUTORITÁRIO que faz sua mãe (autoridade) não a convence do porque deveria lhe obedecer!
Quantas vezes as crianças nos questionam, e não temos paciência de explicar a necessidade da regra? E quantas vezes essa regra tem realmente necessidade de existir?
Ah! Todos querem crianças obedientes!!! Mas no momento em que as crianças questionam, querem saber os limites do que podem ou não, cadê a paciência de explicar? E se a resposta é sempre autoritária, porque também é a mais fácil, pois não é preciso pensá-la para responder... “Porque EU quero” “Porque EU estou mandando” nossos pequenos não saberão que há outras opções disponíveis!
Certa vez, em uma reunião de pais, conversávamos sobre obediência... Pedi que alguém descrevesse uma situação que tivesse dificuldade com a criança. Uma mãe conta que certa vez pediu que a filha fosse tomar banho... mas que ela se recusou. (Situação pouco conhecida, não é mesmo? rs) A mãe relata que explica para sua filha que ela está suja e que está na hora de parar de brincar e ir tomar banho, mas sua filha pergunta: Por que você não vai primeiro?
Essa pequena, de apenas 4 anos, assim como a Mafalda, quer entender porque temos que fazer o que pedem o tempo todo?
Se EU tenho que cumprir a regra, e você?
Quem manda nunca obedece?
Conhecer o processo de desenvolvimento da construção da autonomia moral é importante para que momentos como esse sejam valorizados e assim mostrar que o diálogo é possível!
Ah, a mãe relata que ficou combinado assim... Ela tomaria banho primeiro e logo após, sua filha!
Essa era a sua única opção?
Poderia ter dito... Você vai tomar banho porque EU estou mandando! E então arrumar um belo chororô, além do mais preocupante, reforçar que a AUTORIDADE MANDA! Quando na verdade não precisa ser assim.
Dizem que hoje as crianças fazem tudo o que querem, alguns diriam até que a filha estava mandando na mãe. Discordo! O adulto é sim autoridade, e é ele quem sabe (ou pelo menos deveria saber) o que é melhor para a criança, mas é possível que isso seja feito com respeito mútuo, permitindo então, que o AMOR seja maior que o MEDO.

sábado, 22 de setembro de 2012

Semana 1 - Vídeo-aula 2: Os caminhos da interdisciplinaridade


Procurando imagens que pudessem representar a educação nos três distintos momentos que a vídeo aula traz, tive dificuldade em encontrar o que queria. Então, me lembrei da pesquisa do fotógrafo Julian Germain que tinha visto há poucos dias. Desde 2004, o inglês viajou por 19 países retratando as salas de aula. O trabalho resultou no livro “Classroom Portraits” (Retratos da sala de aula), em que algumas fotos parecem ser bem antigas!  
Brasil
Achei interessante um comentário do fotógrafo, em que diz:
“Esse sistema educacional, com um professor na frente, as crianças diante dele e o quadro negro foi inventado nos tempos medievais. Você reconhece uma escola em qualquer lugar que você vá”.

Espero que com o tempo possamos reconhecer a escola por outras características!
 Bahrein
 Bangladesh
Colégio da elite na Inglaterra
 Holanda
Nigéria
Área rural Inglaterra
Fontes:
Visitados em 22/09/2012.
Esta é outra imagem que achei interessante, e que já vi muitas vezes no Facebook com comentários que fazem apelo à volta da escola de antigamente. As pessoas que dizem preferir que tal “modelo” de escola voltasse, devem se esquecer que essa era uma escola extremamente EXCLUDENTE... E portanto, que a maioria das dificuldades estavam fora da escola! Os conflitos eram escassos, pois não havia o contato com o diferente, e não falo só em pessoas com deficiência, mas de culturas e níveis econômicos também! Além disso, as relações eram autoritárias, pois o silêncio imperava por MEDO e não por RESPEITO e interesse. Será que essa é realmente a escola que querem de volta? 




Semana 1 Vídeo-aula 1: As Revoluções Educacionais





O vídeo retrata bem o que a primeira vídeo aula traz como discussão, que é a separação do todo em partes e o reducionismo que isso acarreta, bem como as mudanças educacionais que já passamos, apontando como é preciso rever a forma em que a educação está organizada.

Não é um desmerecimento com o método que aprendemos, mas sim uma necessidade de mudança que acompanhe a nossa nova geração.

De forma totalmente descontraída este vídeo trata sobre a criatividade e educação... Por volta dos 9 minutos, o palestrante Ken Robinson afirma como a educação dá mais importância às disciplinas como português e matemática, desmerecendo as artes, revelando a nossa educação por disciplinas... Na verdade seria uma educação em partes, em que a cabeça é o foco, e o resto do corpo só serve para levá-la!
Vale a pena assistir!

“A inteligência é dinâmica...se você olhar para as interações de um cérebro humano (...) verá que a inteligência é maravilhosamente interativa. O cérebro não é divido em compartimentos (...) Criatividade como processo de ter ideias originais que possuam valor, com bastante freqüência manifesta-se através da interação de diferentes formas disciplinares de ser ver as coisas”. (Trecho do vídeo)