De acordo com a professora Paula Fernandes "O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um tema muito abordado atualmente, especialmente quando se fala em crianças e adolescentes, que ocorre em várias regiões diferentes do mundo. Para fazer com que estas crianças e adolescentes sejam melhor inseridas no contexto escolar é importante que a escola saiba como lidar com estes alunos".
É preciso tomar cuidado com os rótulos!! Muitas crianças são agitadas,
mas não necessariamente têm o TDAH.
O TDAH é um transtorno
comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais, que aparece
na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida. Seus principais sintomas são: desatenção, hiperatividade,
impulsividade.
Desatenção:
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tem dificuldade de prestar atenção nos detalhes;
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parece que não escuta quando falam com ele;
- é facilmente distraído com estímulos alheios;
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tem dificuldade de organização;
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comete erros por descuido (até na fala);
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não segue instruções (tem dificuldade para seguir regras);
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não termina suas tarefas;
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perde coisas importantes.
Hiperatividade:
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não consegue envolver-se em atividades silenciosas;
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está sempre a “mil por hora” / “a todo vapor”;
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agita mãos e pés ou se remexe na cadeira;
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tem dificuldade para permanecer sentado;
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corre exageradamente;
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fala exageradamente.
Impulsividade
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dá respostas precipitadas a perguntas não terminadas;
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tem dificuldade de aguardar a sua vez;
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interrompe ou se intromete em conversas alheias.
Muitas vezes quem percebe o problema primeiro é a escola, que deve solicitar encaminhamento médico para diagnóstico.
Muitas podem ser as consequências:
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Baixo rendimento escolar
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A criança não consegue acompanhar sua turma
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Perda da autoestima
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Tristeza e falta de motivação
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Dificuldades de relacionamentos
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Predisposição a episódios depressivos graves
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Abuso de álcool e drogas
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Adultos inseguros, com poucas habilidades sociais
Os tratamentos podem envolver:
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Medicações
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Psicoterapia
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Envolvimento da família e da escola
A escola pode e deve informar, orientar e conscientizar as crianças, pais e professores sobre os sintomas e estratégias de como ajudar a criança (Fazer calendário de atividades, reconhecer as dificuldades e elogiar os avanços). A conversa franca pode evitar rótulos!
ATENÇÃO: Remédios só podem ser ministrados com orientação médica e após o diagnóstico!