domingo, 23 de setembro de 2012

Semana 1 Vídeo-aula 3: O juízo moral na criança



A Mafalda, do cartunista argentino Quino, menininha que apesar de pequena, sabe tanto da vida, nos mostra que o uso AUTORITÁRIO que faz sua mãe (autoridade) não a convence do porque deveria lhe obedecer!
Quantas vezes as crianças nos questionam, e não temos paciência de explicar a necessidade da regra? E quantas vezes essa regra tem realmente necessidade de existir?
Ah! Todos querem crianças obedientes!!! Mas no momento em que as crianças questionam, querem saber os limites do que podem ou não, cadê a paciência de explicar? E se a resposta é sempre autoritária, porque também é a mais fácil, pois não é preciso pensá-la para responder... “Porque EU quero” “Porque EU estou mandando” nossos pequenos não saberão que há outras opções disponíveis!
Certa vez, em uma reunião de pais, conversávamos sobre obediência... Pedi que alguém descrevesse uma situação que tivesse dificuldade com a criança. Uma mãe conta que certa vez pediu que a filha fosse tomar banho... mas que ela se recusou. (Situação pouco conhecida, não é mesmo? rs) A mãe relata que explica para sua filha que ela está suja e que está na hora de parar de brincar e ir tomar banho, mas sua filha pergunta: Por que você não vai primeiro?
Essa pequena, de apenas 4 anos, assim como a Mafalda, quer entender porque temos que fazer o que pedem o tempo todo?
Se EU tenho que cumprir a regra, e você?
Quem manda nunca obedece?
Conhecer o processo de desenvolvimento da construção da autonomia moral é importante para que momentos como esse sejam valorizados e assim mostrar que o diálogo é possível!
Ah, a mãe relata que ficou combinado assim... Ela tomaria banho primeiro e logo após, sua filha!
Essa era a sua única opção?
Poderia ter dito... Você vai tomar banho porque EU estou mandando! E então arrumar um belo chororô, além do mais preocupante, reforçar que a AUTORIDADE MANDA! Quando na verdade não precisa ser assim.
Dizem que hoje as crianças fazem tudo o que querem, alguns diriam até que a filha estava mandando na mãe. Discordo! O adulto é sim autoridade, e é ele quem sabe (ou pelo menos deveria saber) o que é melhor para a criança, mas é possível que isso seja feito com respeito mútuo, permitindo então, que o AMOR seja maior que o MEDO.

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